Blyk Tchutchi + Mar & Sol Sound System
Final de tarde gaudioso com a chancela da Mar & Sol, editora que se dedica à re-edição de discos do passado bem como edição de novos álbuns por compositores e intérpretes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, que fizeram e fazem parte da história da produção cultural desta cidade. Sebastião Delerue, o seu fundador, também conhecido no circuito DJ como De Los Miedos mas aqui nesta ocasião enquanto Mar & Sol Sound System, irá estar a escolher a música ambiente no pátio das Gaivotas, antes e depois do concerto de Blyk Tchutchi e a sua banda.
Blyk Tchutchi nasceu no Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, onde viveu a sua infância e adolescência nos anos 60 até emigrar pra Portugal um par de anos antes de ’74. Há o disco “Pensa Dia de Manhã” a meias com Loy d'Tchutchi atribuído a 1980 como ano de edição, com o mestre Paulino Vieira na instrumentação e arranjos do repertório, mas reza a lenda que foi depois de conhecer o grupo Túlipa Negra que estes o apresentaram ao, há altura, omnipresente produtor discográfico na comunidade cabo-verdiana de músicos em Lisboa, Armando Carrondo. Grava o primeiro disco a solo “Na quel dia tão lindo”, publicado em 1980, que se revela um clássico instantâneo entre os seus patrícios cá e lá, com a sua deliciosa poção reggae psych funaná. Seguiu-se “Libra de boca mundo” em ’83, ainda com Carrondo, e mais tarde "Na paz de Deus" em '86 e "Pensa dia de amanhã” um ano depois, álbuns gravados por conta própria em conjunto com o seu irmão Eloi de Tchutchi, e a seguir foi a sabática que parecia definitiva. Tem vindo a ensaiar com nova formação em tempos recentes, e apresentou-se ao vivo no B.leza em Abril na mensalidade Baile Lembra Tempo da Mar & Sol, uma noite de emoções fortes com a volta da lenda aos palcos.
Mar & Sol Sound System na East Side Radio - https://www.mixcloud.com/eastsideradiolx/mar-sol-soundsystem-14-mar-2019
Vado Más Ki Ás
Osvaldo Martins, Português de origem Cabo-verdiana crescido no Bairro 6 de Maio na Damaia (“favelado do six"), mais conhecido por Vado Más Ki Ás ou simplesmente Vado, é um dos nomes mais aclamados da nova geração de rappers em Portugal. Um escritor inteligente e vívido, com uma enunciação clara nas suas rimas porosas em crioulo, português e inglês, tem tido um contributo convicto e distintivo na progressão imparável do rap crioulo nesta década na tuga. Focado na hustle, por isso que ele tá rijo, citando de dois temas seus, a sua perspectiva e plano de caminho rumo a um futuro mais auspicioso surge como inspiradora proposta - a par, geracionalmente falando, de outros afro-portugueses criativos emergentes de bairros sociais e guetos, como DJ Marfox ou Deejay Télio - de alternativa à por vezes aparente inevitabilidade da resposta pela bandidagem pelos mais jovens ao racismo, pobreza e brutalidade policial ao entorno que Vado tão poderosamente ilustra na sua expressão.
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Callaz + Opus Pistorum + Diogo & Moreno Ácido
Filho de Julho no Lounge, organizada, em função do(s) presente(s).
Callaz é Maria Soromenho, maviosa compositora e intérprete de cações de formas retro-flectoras e suaves imagens pra ansiedade e melancolia jovem adulta.
Opus Pistorum concede que é ‘bleach-house neuro-dance from Barreiro’ e terá em breve novo lançamento pela Linha Amarela. Ou seja, produz bem e mora perto.
Diogo Vasconcelos e Moreno Ácido vão ter disco pela Holuzam não tarda e vão ser os Djs da noite.
Callaz bandcamp - https://callaz.bandcamp.com
Opus Pistorum "Há um espectro pela Europa" (2018, Linha Amarela) - https://linhaamarela.bandcamp.com/album/h-um-espectro-pela-europa
DIOGO soundcloud - https://soundcloud.com/diogo-vasconcelos-1
Moreno Ácido soundcloud - https://soundcloud.com/morenoacido
Curl
Em permanente fuga do status quo, Mica Levi tem-se desmembrado em múltiplos projectos desde o final dos Micachu & The Shapes. Assinou as bandas-sonoras de “Under The Skin” e “Jackie”, esculpiu o brilhante “Devotion” de Tirzah e tem assinado colaborações com Dean Blunt. Curl é um novo desafio, colectivo de South London com três cabeças nucleares, Mica Levi e os MCs Coby Sey (também colabora com Tirzah) e Brother May, aos quais se juntam artistas de diferentes áreas com soluções híbridas e adequadas à ocasião. Para o concerto de Lisboa trazem TONE (produtor da contagiante “U Kno”) e Rox. Um acontecimento que cumpre as funções de Curl enquanto projecto multidisciplinar que cria a festa sem barreiras de géneros musicais, estruturando a pop com a certeza de que as subculturas musicais, especialmente as de dança, lhe encaixam bem e que são próprias para organizar a melhor block party. Seja em Haia, em Bristol ou nos Coruchéus. Londres em comunhão com o mundo.
Bandcamp - https://curlrecordings.bandcamp.com
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
HHY & The Macumbas
A música dos HHY & The Macumbas que existe nos seus dois álbuns editados até à data, “Throat Permission Cut” (2014) e “Beheaded Totem” (2018), cresce para um ritual celebratório ao vivo. O colectivo do Porto, liderado por Jonathan Saldanha, cria música cerimonial a partir de um dream team nas secções de percussão (João Pais Filipe, Brendan Hemsworth, Frankão) e metais (André Rocha, Álvaro Almeida e Rui Fernandes). Ao vivo a música vive em constante urgência, um estado de euforia próprio de um ritual, sempre em contacto com a visão-dub de Adrian Sherwood, a existência em contínuo dos Boredoms ou a infinidade sónica de Fela Muti.
“Beheaded Totem” - https://hhythemacumbas.bandcamp.com
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Lula Pena com Anna Piosik, Helena Espvall, Joana Guerra e Maria do Mar
Lula Pena levou a cabo de Abril a Junho deste ano uma residência artística na Galeria Zé dos Bois, convidando o grupo Lantana para colaborar consigo. Desafiando-as a descontruir o seu repertório, trabalharam em linguagem de improvisação, por ventura partilhando-a como a mais próxima do ânimo e dinâmica da vida humana. Lula e uma versão mais reduzida da banda - Anna Piosik no trompete, Helena Espvall e Joana Guerra nos violoncelos, Maria do Mar no violino - apresentam nesta ocasião a sua música intuitiva e holística pela primeira vez ao vivo ao ar livre, para uma celebração ao final da tarde da liberdade da descoberta, despojada de artifícios e regimentação de espectáculo, porosa à beleza da transformação de cada momento que passa sem se deter.
Foto por Vera Marmelo, ensaios de Lula e Lantana na ZDB, Maio de 2019
Site oficial - https://www.lulapena.com
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Raw Forest
Um dos alter egos de Margarida Magalhães, cuja origem remonta a 2011 enquanto entusiasmo na pesquisa pelo universo da “early electronic music”, as correlações com a música concreta, a dimensão kitsch do easy listening, a liturgia do drone, a new age, e por diante. Bolou as Listening Sessions, onde se propunha a construir ambientes e paisagens através de seleção de músicas e fragmentos, e em 2014 a convite da curadora Margarida Mendes realiza a primeira na Barber Shop, “Listening Session for Plants”. A partir daí várias outras aconteceram e o processual que se desenvolvia cunhou as formas iniciais com que - e como - começou a compor, desde logo na banda sonora para o vídeo “The Current Situation” do artista Pedro Barateiro em 2015. O seu primeiro EP “Post-Scriptum” acaba de ser publicado na editora Labareda e pode ouvir-se como uma obra distópica singular abençoada pelo espectro da Idade das Trevas que se abateu sobre a nossa Internet, a desilusão associada, e o que virá depois.
“Post Scriptum” - https://labareda.bandcamp.com/album/post-scriptum
Ao vivo numa festa mina - https://soundcloud.com/minassuspension/raw-forest-mina-lisbon-21st-september-2018
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Maria Reis
Maria Reis apresta-se a lançar o seu novo disco “Chove na Sala, Água nos Olhos”, uma edição de autora. Sucede ao EP “Maria” de há dois Verões, na Cafetra, e a um percurso de sonho vivido nas Pega Monstro. Tem também colaborado com nomes como Sara Graça, Joana da Conceição, Gabriel Ferrandini, Miguel Abras ou Rudi Brito em concertos, apresentações artísticas multimediais, edição de música e de poesia. “Chove na Sala, Água nos Olhos” chega-nos maravilhoso, curto e directo, animado de dúvidas e sentenças que a sua experiência achou nas acções humanas, expressas em breves e elegantes canções. O sensato e o ridículo, as alegrias e as tristezas, as melodias e os ritmos, as costuras e os arranjos, muito nesta primorosa colecção da Maria nos mostra o seu dom de incidir sobre aquele núcleo permanente, atemporal da realidade humana. E daí decorre a sua identidade e admirável actualidade.
“Maria” - https://cafetrarecords.bandcamp.com/album/maria-ep
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Oren Ambarchi
No ano em que Oren Ambarchi celebra 50 anos e a sua editora Black Truffle, um canal único para a divulgação de música electrónica e experimental, festeja o seu décimo aniversário, temos o prazer de recebê-lo nas nossas Noites de Verão. Na bagagem traz “Simian Angel”, o seu mais recente trabalho que será editado em Julho na Editions Mego, o sucessor do magnífico “Hubris” (2016). Depois de três álbuns em que trabalhou diferentes linguagens e instrumentos na criação de música mais rítmica/minimal, Ambarchi regressa ao seu instrumento de eleição em “Simian Angel”, a guitarra, deixando-se influenciar por uma paixão de há muito tempo: a música brasileira. Ouvir-se-á a sua guitarra no Chiado, a solo, e a sensibilidade de um artesão que consolida bem técnica, harmonia e experimentalismo.
“Simian Angel” preview - https://soundcloud.com/editionsmego/oren-ambarchi-simian-angel-excerpt-emego-264
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Peter Evans
No ano passado, Peter Evans celebrou a sua mudança para Lisboa, depois de década e meia a viver em Nova Iorque, com dois concertos em Lisboa e Porto, com a Orquestra Jazz de Matosinhos. Para a última Noite de Verão 2019 espera-nos um concerto bem diferente. O trompetista norte-americano actuará a solo, num palco que servirá as suas estruturas de improviso, com origens no jazz, mas que atravessam géneros e experiências sonoras, fruto de anos de colaborações com John Zorn, Jim Black, Matana Roberts, Nate Wooley, Joe McPhee, Mary Halvorson, entre muitos outros. O trompete de Peter Evans é hoje uma verdadeira instituição.
Bandcamp - https://peterevansmusic.bandcamp.com
Uma co-produção Filho Único, Galerias Municipais/EGEAC e o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado
Sallim
"A ver o que acontece mostra-nos uma vez mais que a música de Sallim é essencial. Canção após canção, pode ouvir-se a maturação da música da jovem cantora: uma viagem à Cruz Quebrada (onde vive desde a infância) adquire a forma de um sólido álbum, no qual as canções ganham maior nitidez e a voz mais segurança, ainda que atravessando temas e motivos que traz consigo desde sempre - a dúvida, a procura, o amor. Das letras aos beats, dos arranjos às harmonias vocais, "A ver o que acontece" é um álbum pop de amor. Súmula da geração influenciada pela música pop e R&B americana, ao mesmo tempo preocupada com as raízes e particularmente atenta aos próprios sentimentos e sensações, Sallim encontra a plenitude da sua identidade cantando na própria língua, a pulmões abertos [“porque é que importa tanto / só sei falar quando canto” – ‘Bom Pra Mim’].” 2019, Cafetra Records
“A ver o que acontece” (2019, Cafetra Records) - https://sallim.bandcamp.com
Wolf Müller & Niklas Wandt + DJ Jan Schulte
A Filho Único em colaboração com o Goethe-Institut Portugal propõem um final de tarde e início de noite de música por criadores alemães contemporâneos para o belíssimo jardim que o Instituto reserva no interior da sua filial no Campo Mártires da Pátria.
Wolf Müller & Niklas Wandt conheceram-se na cena musical vibrante de Düsseldorf em 2011. A colaboração convivial e musical desenvolveu-se a partir de umas gravações de Wolf Müller - também conhecido como Jan Schulte e como Bufiman - das percussões de Wandt para os seus primeiros discos, como “Balztanz”. Com o decorrer do tempo, uma relação mais consistente e regular resultou no primeiro disco, “Instrumentalmusik von der Mitte der World”, lançado em 2018 pela editora de Hamburgo, Growing Bin Records. Amplamente aclamado como um saboroso encontro de mundos musicais, de uma paixão quase bibliotecária na sua realização ao longo do álbum, Müller & Wandt oferecem-nos uma experiência transportativa fusionando funk esotérico, poliritmias encantatórias, brown rice jazz italo dub exo-tificado na nobre tradição germânica de expedição imaginativa que os Can pontificaram e tão nobre descendência gerou. Em concerto, a dupla interpreta os temas do disco - e novos originais - munidos de MPC, sintetizadores, looping ao vivo e kit estendido de bateria numa equação enérgica e hipnótica dos seus épicos chill transe de humidade tropical.
Jan Schulte, aka Wolf Müller, aka Bufiman, é um mui acarinhado produtor e DJ oriundo da escola não-escola que é o clube Salon des Amateurs, em Dusseldorf, reputado pelo seu astral e criatividade pra positividade na pista de dança. Progs regionais, digi lovers reggae, batucada eur-ótica, não há música na obscuridade com potencial pra dançar que não vá pegar como matéria pra re-contextualizar e libertar em disco - títulos na Safe Trip, Versatile ou Dekmantel - ou na cabine DJ um pouco por todo o lado.
Wolf Müller & Niklas Wandt "Instrumentalmusik von der Mitte der World" (2018, Growing Bin) - https://wolfmuellerundniklaswandt.bandcamp.com
Eric Copeland + Novo Major
A produção a solo de Eric Copeland, membro fundador dos Black Dice, já vai longa e saborosa, espraiada em casas editoriais como a DFA e L.I.E.S.. Lançou "Trogg Modal Vol. 2” na Primavera, complemento / reverso à primeira parte editada no Outono passado, cuja música fixada descreveu como “late Night Flight proto tekno”. É o regresso à Lisa de um herói punk contemporâneo, após a estreia num já longínquo Green Ray desenhado por Panda Bear no Lux Frágil há uns anos.
Dj do nosso encontro será Novo Major, um mestre.
https://soundcloud.com/dfa-records/eric-copeland-high-score-zed
https://www.mixcloud.com/discover/novo-major
OUT.FEST 2019
Programa completo disponível no site oficial em https://www.outfest.pt/programa
Informações sobre bilhetes em https://www.outfest.pt/bilhetes
Poly Garbo + Co$tanza Post MODEM Orchestra + Caroline Lethô
Diana Policarpo, aliás Poly Garbo, abrirá o nosso serão com a sua selecção musical de requinte e exigência, qual listening bar japo mental aqui na versão terra à tuga do nosso crido Lounge. Seguir-se-á Co$tanza que vai tocar com a sua Post MODEM Orchestra. Cabe-nos a honra de acolher a apresentação do disco "Linha Verde” deste promissor metamorfo afiliado à Maternidade. Dj pra pista pela noite dentro é Caroline Lethô; quem não conhece, tem aqui a chance pra vir-la dançar.
Poly Garbo - https://soundcloud.com/polygarbo
Caroline Lethô - https://soundcloud.com/carolineletho
Tropa Macaca + Arrogance Arrogance
Tropa Macaca
Sempre indefinível, alheado de quaisquer tendências balizáveis, o duo de André Abel e Joana da Conceição continua ao seu ritmo a trilhar um caminho continuamente intrigante e vivo, pontuado por aparições ao vivo esporádicas e registos firmes em editoras com estatuto - The Trilogy Tapes, Siltbreeze ou Software. Quinze anos de labuta insondável, a distorcer o cânone popular num fluxo onde elementos reconhecíveis - as batidas, linhas de guitarra, pads de sintetizador, cadências - são reordenados em tramas de hipnose onde espectros da música popular - house, dub, industrial, ruído - perdem nome e tacteam um espaço ainda em aberto, tudo de forma bem orgânica. Natureza.
Arrogance Arrogance
Agitador da movida portuense com visão bem própria sobre a forma como as coisas devem acontecer, Arrogance Arrogance traz novamente às Damas o seu flow bem real e in your face de ghetto house, footwork e hardcore da rua e da vertigem. Mentor da ÁCIDA, que reinstituiu nos hábitos ncturnos a frontalidade DIY da dança, é presença regular nas cabines com vontade e nervo.
Textos por Bruno Silva
https://www.mixcloud.com/alinea_a/alinea-a-447-arrogance-arrogance
Instituto Fonográfico Tropical + Éme & Moxila + NA O MI
Para abrir a noite propomos selecção musical ambiente pelo Instituto Fonográfico Tropical, ou seja, Rui Silva, designer gráfico conhecido entre outros trabalhos por desenhar livros para editoras como a Antígona, a Orfeu Negro e a Dafne, e um desassombrado colecionador de vinil de músicas populares dos continentes Africano e Sul-Americano, longe da vista, perto do coração.
Como concerto apresentamos o duo de Éme + Moxila, actualmente a trabalharem num disco juntos e que neste serão terão a generosidade de nos mostrar um pouco do que esperar, para além do repertório que têm vindo a aprimorar ao vivo ao longo do último ano.
NA O MI é a Dj pra nos levar a ficar pra dançar até às 04h. Electro cuts apurados na Mix que fez pr’A Cabine e um gosto da sua produção original em ‘Síndrome de cona pesada’ dão pra apanhar no seu Soundcloud, vale a visita.
Instituto Fonográfico Tropical - https://i-f-t.github.io
NA O MI - https://soundcloud.com/bynaomi
Império Pacífico + Breton
O par de Luan Bellussi e Pedro Tavares, os Império Pacífico, estão cada vez melhor e mais afinados na sua música electrónica nómada, resistente a cronologia e proponente da sua própria categoria, por isso será um prazer apresentar o seu ao vivo presente, ainda antes do novo disco ‘Exílio’, no qual têm estado a trabalhar.
Um dos anfitriões da Doméstica, house parties de Domingo para os lados de Sete Rios, Breton é o Dj pra todaanoite na Filho no Lounge de bye bye ‘19.
Império Pacífico “Racing Team” - https://imperiopacifico.bandcamp.com
Breton na East Side Radio - https://www.mixcloud.com/eastsideradiolx/breton-6-may-2019
Damas e Filho Único apresentam: Metametal e GAM
Metametal
Duo ainda jovem ligado inequívoca e energicamente às movimentações mais fervilhantes das músicas incatalogáveis de Madrid, entretanto em trânsito por essa capital e esta que aqui os acolhe. Formados por Jacobo García-Andrade no saxofone e na voz e por Borja Caro no processamento electrónico, foram ganhando a cavalagem de palco e comunhão que levou à edição em Setembro passado de 'Ventana Pequeña'. Aglutinadores sucintos das heranças sempre prementes do minimalismo, do noise, do drone e do jazz mostram nesse primeiro álbum um som que tanto pode invocar o 'Sinking of the Titanic' de Gavin Bryars já submerso como uma espécie de versão do 'Pavillion of Dreams' de Harold Budd pelos Double Leopards com John Surman para chegar a estados mais ruídosos e desconcertantes da linha Wolf Eyes com sopros e outras reivindicações do industrial. Tudo em linha de contacto.
GAM
Duo sediado no Porto que é também o Colectivo Vandalismo e ocasionalmente Gom Gom, é a esta encarnação giradisquista de GAM que fica entregue a pista das Damas. Formado por Pedro Abrantes e Valdemar Pereira, GAM passam feras à revelia do estancamento techno ou house, por mais brutos ou românticos que esses possam ser, para criar uma rede de ligações livre que tanto pode tirar coordenadas dos experimentalismos fundadores como do industrial mais rítmico em sequência post-punk ou das formas de dança menos lógicas e batidas desenterradas dos lugares mais remotos. E house ou techno quando estes interessam mesmo.
Textos por Bruno Silva
Metametal “Ventana Pequeña” - https://metametal.bandcamp.com/album/ventana-peque-a
GAM soundcloud - https://soundcloud.com/vand-collectiv