Milteto
Milteto é uma orquestra informal que surgiu no colectivo portuense da Favela Discos algures em 2014. Fruto de uma ideia que já existia há algum tempo, concretizou-se pela primeira vez para um concerto no extinto Picadilly Pub; uma daquelas noites húmidas pré-covid em que a condensação escorria pelas paredes espelhadas do bar, numa prova de endurance ruidosa que resultou num membro do público desmaiado.
O primeiro disco de Milteto é a cristalização de um percurso disforme e difícil de captar em todas as suas dimensões, sendo apenas o último estágio de uma entidade em mutação. Ao longo dos últimos anos, o projecto serviu como espaço de experimentação e colaboração para os músicos da Favela, assim como para outros músicos tangentes ao colectivo. Por ter uma formação e instrumentação mutável de concerto para concerto, por ter um cariz espontâneo e adaptar-se ao espaço de apresentação, Milteto acaba por ser uma entidade etérea quase autónoma cuja única âncora é a improvisação colectiva com o mínimo número de restrições ou condução.
Milteto “In Trux We Pux 03” (2021, Favela Discos) - https://faveladiscos.bandcamp.com/album/in-trux-we-pux-03
Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e Noiva
Fundado em 1970 por Jorge Peixinho, compositor e uma das figuras mais importantes da cultura portuguesa da segunda metade do século XX, com a colaboração de Clotilde Rosa, António Oliveira e Silva, Carlos Franco e António Reis Gomes, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) é o primeiro grupo português de música contemporânea, desempenhando um papel histórico de vanguarda na abertura da sociedade portuguesa à estética musical do seu tempo. Ao longo dos seus 50 anos de actividade ininterrupta e premiada, o GMCL apresentou-se em concertos e festivais de música contemporânea no nosso país e um pouco por toda a Europa e no Brasil, e continua mantendo a aposta numa regular e fomentada acção pedagógica junto de escolas do Ensino Artístico, na criação de públicos e na formação de novos maestros e intérpretes. Para o programa para este concerto a Filho Único desafiou o actual director artístico do Grupo, José Sá Machado, a procurar conciliar a intenção de incluir várias obras de Jorge Peixinho com o desejo de ver apresentadas peças de Clotilde Rosa, que para além dos seus méritos artísticos destacou-se por ser a única mulher no grupo de fundadores do GMCL, e da fantástica Constança Capdeville, que infelizmente nos deixou cedo demais. Complementarmente propusemos ao GMCL integrar na sua formação neste espectáculo uma jovem música de electrónica sugerida por nós, distante da frequência e ortodoxia académica mas com interesses e estudos auto-didactas em composição, para interpretar o trabalho de electrónica nas peças que constassem no alinhamento. O repto foi entusiasticamente acolhido e assim convidamos Sara Vigário, que assina como Noiva a sua produção musical, vide o EP de estreia “Condominium” do ano passado, e que não menos entusiasticamente aceitou.
Programa:
Clotilde Rosa – Canto Solar (2010)
Jorge Peixinho – …a silenciosa Rosa / Rio do Tempo (1994)
Constança Capdeville – Momento I (1976)
Jorge Peixinho – Floresta Sagrada (1992)
Clotilde Rosa – Densidades (2002)
Jorge Peixinho – Sine nomine (1987/88)
Site oficial do GMCL - https://www.gmcl.pt
Noiva bandcamp - https://noiva.bandcamp.com
Danifox, G Fema, Nídia, Rabu Mazda, Tristany
Propusemos a 5 jovens músicos da Área Metropolitana de Lisboa cujo trabalho admiramos envolverem-se numa residência artística no Bairro Alto, com o propósito de edificarem um espectáculo colaborativo inédito, alicerçado em nova música original. A nosso ver, o grupo reunido partilha em comum uma expressão e prática que se desenvolve no cultivo dos ritmos, sons e palavras mestiças que anseiam pelo espanto em detrimento da decepção, rumo a uma descolonização da imaginação, com honestidade e transparência.
Tristany iniciou-se na infra-estrutura do rap tuga, descontinuou, fez a diagnose das suas forças e constrangimentos, e avançou no terreno condicionado da representação suburbana na música popular em Portugal com a obra audiovisual “Meia Riba Kalxa” de 2020. As suas originais composições realizam o som e a identidade de quem nasceu com saudades do futuro.
Nídia é uma produtora e DJ de música electrónica afro-portuguesa sediada no Vale da Amoreira e aclamada internacionalmente. Como parte da editora e colectivo Príncipe Discos tem tido um papel decisivo, quer como artista individual quer como membro da comunidade cultural de onde a sua música radica, em trazer sofisticação ética e estética a um sistema alternativo emergente da música electrónica de dança a nível global.
G Fema é uma carismática MC da Zona M, Chelas, reconhecida como uma das mais importantes vozes criativas no rap street tuga rimando em criolo sampadjudo, no activo há mais de uma década.
Danifox é um produtor e vocalista de música electrónica afro-portuguesa recentemente retornado à Linha de Sintra depois de uma temporada emigrado em Leeds, membro da crew Tia Maria Produções, e com EPs a solo publicados na norte-americana Point Records.
Rabu Mazda é o alter ego de Leonardo Bindilatti, compositor, vocalista e produtor de música electrónica e batidas urbanas, nascido no Brasil e crescido na Grande Lisboa, infância em Rio de Mouro, adolescência nas Olaias, hoje jovem adulto no Barreiro. Foi um dos fundadores da editora e colectivo artístico Cafetra Records, sendo actualmente também membro da banda Putas Bêbadas e do duo Iguanas.
Toda Matéria
Grupo moldável e modulador, elástico e mutante. Aparecidas da vontade em partilhar o tempo e activar o espaço, cruzam experiências e disciplinas a fim de criarem lugares sensíveis que envolvam o público. Apresentaram-se pela primeira vez em 2018 no contexto da exposição da Joana da Conceição na Lehmann Silva no Porto. A partir dessa ocasião, a matéria difundiu-se em mais três demonstrações (RA Lisa na ZDB, OUT.FEST 2018 e DAMAS) nunca iguais e nunca diferentes. Toda matéria é comunicação, é sororidade. No caos da imaginação, elas encontram entendimento na seriedade de quem ama e na descontra de quem erra.
A Toda Matéria das Noites de Verão conta com a participação dos elementos fundadores Joana da Conceição, Maria Reis e Sara Graça, numa travessia (quiçá às voltas) deste mundo em desconstrução.
Jovem Guarda Ambiental
O nosso tempo é aquele que arruína os seus jovens, mantendo-os bloqueados em todas as entradas. Trata-se de um desastre – também cultural – que progride em silêncio, um factor de desequilíbrio social e de implosão das instituições (nomeadamente, a instituição escolar e a universidade), e se a precariedade tornou-se a norma no centro, outrora sinónimo de privilégio, o que dizer sobre quem dele sempre esteve afastado.
O programa a que demos o nome Jovem Guarda Ambiental compõe-se de valores emergentes nacionais no campo das músicas electrónicas ambientais. Esta rede criativa tem vindo a revelar trabalho admirável em novos contributos musicais e consequente pensamento e prática sobre a sua performatividade, investida de uma entusiasmante porosidade entre campos artísticos. Tencionamos mostrar artistas que estão também a regenerar noções de inter-conexão e solidariedade resultando numa maior diversidade na representatividade no espaço público de agência e consumo cultural.
Importa ainda referir que as propostas estéticas a apresentar terão em conta o entorno natural e arquitectónico do espaço tão singular e o seu potencial para uma ecologia sonora contemplativa como é o Jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta.
Bezbog é um duo do Porto constituído em 2014 por David Machado e Dora Vieira que se dedica à criação de música electroacústica com saxofone, trompete e percussão amplificados e transformados electronicamente. Partilham o seu trabalho ao vivo com regularidade, e data de 2019 “Chernobog” editado na Favela Discos, um single com duas composições produzidas em Amares (Braga) que expandem o universo musical apresentado em Biez (2017) e Bezbog (2014).
“Chernobog” (2019, Favela Discos) - https://faveladiscos.bandcamp.com/album/chernobog
Carincur artista transdisciplinar, desenvolve trabalho de carácter exploratório, configurando-se em formatos híbridos entre performance, música electrónica e experimental, instalações audiovisuais, esculturas sonoras e instrumentos eletroacústicos, entre outros. Nos últimos anos, tem investigado e desenvolvido a sua prática e pesquisa no campo do pós-humanismo.
Faz parte de colectivos como ZABRA records, YUUTS RUOY, e Spectrum Awareness.
"Reminiscência" (2020, ZABRA) - https://zabrarecords.bandcamp.com/track/reminisc-ncia
Maria Callapez cresceu na Figueira da Foz, frente ao mar e às ondas, num ambiente natural que se reflete na sua música. Começou a estudar música clássica jovem mas foi na música eletrónica e ambient que encontrou a sua forma de criação artística, que pode ser entendida como uma viagem sonora que conduz a uma experiência sensível, navegando entre tonalidades claras e escuras. Para tal, imagina ambientes de liberdade, em torno da Natureza, como espaços de expansão e união entre todos os seres.
Soundcloud - https://soundcloud.com/maria-callapez
oseias. é o alter ego de inspiração bíblica de um prolífico jovem produtor Afro-Português de hip-hop instrumental, que usa, nas suas palavras, a “linguagem do jazz” para trabalhar na tradição de ritmos partidos e narcóticos inventada por J. Dilla com predilecção pela sucessão de Knxwledge. Estreou-se em formato físico com o disco “[trinta&sete]” editado em 2017 na Think Music Records, de ProfJam e associados, e o seu mais recente lançamento “seis!” data de Janeiro deste ano na slow habits.
"seis!" (2021, slow habits) - https://slowhabits.bandcamp.com/album/seis
Diana Policarpo, aliás Poly Garbo, estará responsável pela selecção musical ambiente entre concertos ao longo desta matinée. O ofício da Diana, artista visual e compositora, consiste num trabalho de media visual e sonoro, incluindo partituras, escultura e instalação multicanal. Tem investigado através do seu trabalho temas como as relações de poder, cultura popular e identidade de género.
Soundcloud - https://soundcloud.com/polygarbo
UNITEDSTATESOF, corpo e cara do músico João Rochinha, um dos mentores da editora lisboeta Rotten Fresh, conhecida pelo seu papel de referência na edição de música periférica feita por millennials em Lisboa. Já com uma série de edições físicas e digitais em Portugal e lá fora, tem explorado de forma ímpar, como considerou o site Rimas e Batidas “texturas sedosas de mãos dadas a samples dissonantes, animalescos ou mais humanos.”
Bandcamp - https://unitedstatesof.bandcamp.com
O artista multidisciplinar Van Ayres regressou em 2020 aos discos com ‘Final Spirit’, uma obra brilhante de síntese milenial contemporânea. Animado por um cio em estar vivo e sempre escolhendo o caminho do Sonho, expressa-se criativamente em qualquer que seja a forma que a sua intuição o guia. Nota-se que pensa também sobre a sustentabilidade para o seu trabalho quando comparado com os padrões de produto de consumo cultural em voga, sendo que tem a noção das brechas nos estados das coisas, lugares, regras, e que são essas brechas que aproximam práticas estéticas e sociais no tempo em que vive e que tem para viver.
Bandcamp - https://vanayres.bandcamp.com
Vum Vum
Figura determinante da música Angolana do período colonial tardio em diante, a par de Bonga ou Teta Lando, com quem colaborou, entre outros. Gravou para a Valentim de Carvalho, escreveu originais para o Duo Ouro Negro ou António Calvário, e produziu discos marcantes de conterrâneos seus. Vum Vum Kamusasadi é também poeta e romancista, tendo “Simplesmente Joana” se tornado a sua primeira obra publicada em 2011.
O seu mais recente álbum “Gienda” data de 2018 e este ano foi um acontecimento a reedição pela Groovie Records do seu mítico EP de estreia “Muzangola" de 1969. Há altura e no presente encontramos um disco único e incandescente de ideias e paixão em as cometer, cantado em Kimbundo e Português pela sua voz indizimável. “É, pois, este disco, uma tentativa de dar novas dimensões à Música de Angola (…)” declarava o próprio na contracapa original. De regresso a Lisboa após décadas a viver em Berlim, este espectáculo a solo de canções e poesia será com certeza uma celebração da procura - humilde, inacabada, sempre a ser refeita - que tudo à sua volta nos diz ainda alimenta Vum Vum aos 78 anos de vida.
“Muzangola” (1969, DECCA/Valentim de Carvalho; Reed. 2021, Groovie Records) - https://groovierecords.bandcamp.com/album/vum-vum-muzangola-ep-ltd
Polido
Compositor e artista oriundo da Marinha Grande, que estudou Belas Artes no Porto e vive e trabalha em Lisboa, após frutuosos anos em Berlim. Estudante no Dutch Art Institute (2020-2022), lançou no ano passado pela editora Holuzam o portentoso díptico “A Casa e os Cães” e “Sabor a Terra”, após o anterior “Música Livre/Free Music”, uma edição de autor com apoio da Spirit Shop.
Colaborou como diretor de som e/ou compositor para os filmes de Louis Henderson, Madalena Fragoso e Margarida Meneses, Romana Schmalisch & Robert Schlicht, Filipa César e Marte Eknæs & Michael Amstad. O seu trabalho foca-se principalmente sobre o som como material e instrumento para abordar e articular questões de linguagem, arquivo e histórias da música, através de montagem e dissecação via técnicas digitais de processamento de som.
Como cifra para o que poderemos esperar da sua apresentação, partilhou-nos: “música a partir do sabor a terra e a o que virá a seguir a isso. Uma ramificação também ligada ao Água Ao Moinho. Ouvir o fumo. estradas fechadasmuros de fumosinos de vento à entrada.”
Bandcamp - https://polido.bandcamp.com
Perila
Nascida e crescida em São Petersburgo, Aleksandra Zakharenko mudou-se para Berlim há cerca de seis anos, encontrando o seu lugar no colectivo em redor da Berlin Community Radio. O trabalho regular com gravações de campo expressionistas e investigação sonora electrónica acabou por levar Zakharenko a desenvolver a sua própria série podcast, WET (Weird Erotic Tension), combinando a sua música evocativa e atmosférica com poesia erótica dita. Depois de vários lançamentos em cassete como Perila, acaba de lançar o soberbo álbum “How much time it is between you and me?” na editora Smalltown Supersound. Gravado numa vila montanhosa em França o ano passado, é uma obra que contem o balanço certo de estranheza e familiaridade para com o cânone ambient, inscrevendo-se de forma exemplar na tradição dos que nesse contexto alteram paradigmas.
Como a própria afiança, a sua prática “visa desafiar e ultrapassar fronteiras e partilhar esta expansão com o Outro”. Estreia ao vivo no nosso país.
“How much time it is between you and me?” (2021, Smalltown Supersound)- https://perilazone.bandcamp.com/album/how-much-time-it-is-between-you-and-me
Marte i Núpiter
Colaboração entusiasmante e inédita ao vivo entre dois artistas multi-disciplinares do Porto iniciados na Voz: Marta Ângela (aka Vuduvum, também dos Von Calhau!, duo proeminente do panorama das artes visuais nacional) e Nuno Marques Pinto (conhecido na música underground Portuguesa como NU NO).
Sabemos que a paixão da Marta reside no absurdo, no estado selvagem e primitivo da linguagem, do pré-verbal ao palíndromo e outros jogos de palavra rebuscados. Essa investigação incide sobre a relação dos contrários, que podem ser complementares ou repelentes na sua combinação. Nas artes visuais e invisuais, canto/voz, performance, circuit-bending ou como DJ experimenta o ruído e o silêncio numa deriva conduzida pelo desconhecido.
Nuno Marques Pinto é performer, actor, encenador, músico, mistério que lançou o seu primeiro trabalho discográfico a solo “POP SONGS” em 2017 pela P a r v a. “Um disco herdeiro da velha tradição iconoclasta e subversiva que Rimbaud inaugura, santificado por Jarry, Dada e o Surrealismo, o teatro de Artaud, a Internacional Situacionista, P. Henry, Cage e a música concreta.” Palavra do seu editor.
Terminamos com um textoema que nos entregaram: “Incerto com certa vocábula primitiva - interferida ou roída pelo ruído - dá afonia ou dá vazio. Há às vezes harmonia.” O prazer é nosso.
Vuduvum “Au fim au cabo” (2019, Russian Library) - https://russianlibrary.bandcamp.com/track/au-fim-au-cabo
NU NO “Pop Songs” (2017, P a r v a) - https://parva.bandcamp.com/album/pop-songs
Filho Único Apresenta na SMUP B Fachada + Mynda Guevara
Arte gráfica por Sara Graça
“Vocês são novos e não se lembram dos discos todos, mas foram todos inesperados.” (entrevista à ComUM, 2019)
Entre formatos físico e digital, lançou cinco EP (destacando-se o remoto “Viola Braguesa”, uma reflexão sobre o conceito da tradição e suas traições, ou o split com as Pega Monstro, de 2015, em reflexo da amizade e acuidade estética), três mini álbuns charneira (“Há Festa na Moradia”, que teve edição física em vinil, “Deus, Pátria e Família”, que aparentou parar o país, e “O Fim”, com que anunciou uma pausa sabática) e sete registos de longa-duração (da discussão das questões de moral associadas ao universo infanto-juvenil de “B Fachada é Pra Meninos” ao manifesto de pop batumada que foi “Criôlo” passando pelo homónimo de 2014, criado com recurso a samples burilados, programações barrocas, batidas apátridas, chegando à obra-prima “Rapazes e Raposas” lançada sem aviso prévio no ano biruta de 2020).
O seu impacto conjunto testa os limites daquilo que, neste domínio, se entende por produção cultural.
Nesta ocasião vai actuar simples, voz e braguesa.
Antes, a rapper, actriz e activista Mynda Guevara apresentar-nos-á um set breve e com certeza poderoso.
Tal como Fachada escolhe como e quando vai lançando nova música e antes do Verão chegou o single e vídeo “Tra Pa Fora”, uma actualização drill no som da sua direcção confiante e atitude insubmissa. Chegou a um público mais alargado com o EP “Mudjer na Rap” em 2019, ano em que protagonizou a curta-metragem “Maria Cobra Preta” de Erika Nieva da Cunha. Participou na mini-série documental “Histórias das Mulheres do Meu País”, da autoria de Raquel Freire, emitida em Março na RTP, e para além das actuações ao vivo em nome próprio tem-se realizado abraçando desafios para residências artísticas. Desde a internacional Turn Up, de onde resultou a colaboração “Chilldown” com o italiano Dario Cangreo, até ao convite do Teatro do Bairro Alto, para o qual montou o espectáculo “Ritmos de Xperança” com Dj Firmeza e João Grilo em Maio deste ano.
B Fachada bandcamp - https://bfachada.bandcamp.com
Mynda Guevara canal Youtbe - https://www.youtube.com/c/MyndaGuevaraAfrii/videos
SMUP - https://www.smup.pt
Filho Único Apresenta na SMUP Primeira Dama + Odete + Noiva
Arte gráfica por Sara Graça
Primeira Dama é um dínamo confederador no actual panorama musical jovem Português. Lançou os bem sucedidos longa-durações "Primeira Dama" e "Histórias por contar", e teve um papel preponderante na revitalização de Lena d'Água em concertos de repertório repartido, com a banda que posteriormente orquestrou para gravar o seu mais recente “Superstar Desilusão”. Mantém uma frutífera relação criativa em estúdio e em palco com Filipe Sambado e, mais recentemente, coordenou a produção do novo disco de Sreya. Nesta ocasião apresentar-se-á em palco em duo com Martim Brito na bateria.
A premiada artista multidisciplinar Odete nasceu no Porto a meio da década de 90 e desenvolve um corpo de trabalho que voga nos campos da música, artes visuais, performance e teatro. É um trabalho explicitamente autobiográfico, tornando claras ligações entre o pessoal e o político. Tem-se dedicado às suas próprias criações, apresentando-as por toda a Europa, em formato performativo, expositivo ou em concerto, algumas das quais em contexto colaborativo por si fomentadas. Actualmente diz pesquisar sobre sociedades secretas, novas formas de pensar a arqueologia e ficção científica.
Sara Vigário, que assina como Noiva a sua produção musical, lançou o primoroso EP de estreia “Condominium” o ano passado. Afiliada ao Colectivo Colinas de Setúbal, contribuiu também para “CAPA NEGRA” de trash CAN em 2020 e já este ano ouviu-se a sua colaboração para o mais recente “Flagship” dos Império Pacífico.
Primeira Dama bandcamp - https://primeiradama.bandcamp.com
Odete bandcamp - https://odete.bandcamp.com
Noiva bandcamp - https://noiva.bandcamp.com
SMUP - https://www.smup.pt
BILHETES À VENDA EM SEETICKETS.PT E NA SMUP
Filho Único Apresenta na SMUP Rafael Toral + Xexa + Calhau!
Arte gráfica por Sara Graça
Rafael Toral é um pensador, músico e líder de banda talentoso e perseverante, que encara a tradição como um desafio à inovação, evocando a dica de Álvaro Siza. Isso faz dele um artista precioso, que ainda cá anda na sua idade, inquieto, exigente, continuando tido e achado no panorama da música electrónica experimental, de pesquisa, risco e ambição por cuidar e transformar a realidade estética do mundo.
Xexa é uma jovem afro-portuguesa a residir em Londres, onde está a prosseguir estudos em Música após o secundário na António Arroio. Ao longo de 2021 propôs-se a lançar na sua conta Soundcloud uma nova faixa a cada sucessiva Lua Cheia. Ritmos e sons de uma nova voz feminina num contexto amplamente patriarcal, com uma intuição certeira para a beleza musical.
Calhau! são João Alves e Marta Ângela, surgidos no Porto há década e meia cuja obra tem-se continuamente fortificado - frutificado? - em múltiplas ramificações e cruzamentos vários, manifestando-se em concertos e performances, na edição de discos, na realização de filmes e vídeos, numa profusa produção de desenhos e obra gráfica, ou em publicações. Acabam de lançar na Takuroku do Cafe Oto “orioNoiro”, música de escárnio e mal dizer de câmara e a vapor magnético, novo ponto alto num dos percursos mais celebrados nas áreas da música e artes visuais a partir do nosso país.
Xexa soundcloud - https://soundcloud.com/xexarecords
Calhau! "orioNorio" - https://soundcloud.com/cafeoto/tr189-calhau-orionorio-sample
Bilhetes à venda online em SEETICKETS, na secretaria da SMUP (2ª a 6ª das 15:00 às 19:00), e também no próprio dia à porta caso não esgotem até à data do evento.
Reservas (exclusivas para sócios) em reservas@smup.pt (disponível apenas de 2ª a 6ª feira), com indicação de nome completo e/ou nº associado. Cada sócio tem apenas direito a reservar um bilhete, os restantes deverão ser adquiridos nos canais alternativos.
Filho Único Apresenta na SMUP BLEID + Maria Reis + Dj Nigga Fox
Arte gráfica por Sara Graça
BLEID é uma figura clara e transparente em acção orientada para propostas de progresso e diversidade na música electrónica actual, seja na música que faz, seja no envolvimento cooperativo que a anima. Anunciou recentemente a co-criação com Phoebe do selo editorial Sweet Love Making, inaugurado com o saboroso disco a meias “Love is patient, love is kind, love will make you lose your mind”.
Maria Reis é uma bruxa do timbre, melodia e palavras com um talento, técnica e carisma singulares. É da exposição do mal(es) e de sua energia que há a energia para o bem(fazer), e após o soberbo “A Flor da Urtiga” lançado no 1 de Abril deste ano, afiança novo disco “Benefício da Dúvida” para o novo Abril de 2022.
Dj Nigga Fox é um compositor raro e diferente, que regularmente torna música substância que se desconhecia o paradeiro até então. Irá actuar ao vivo, depois de ter editado “Live Nigginha Fox” em cassete pela Príncipe na Primavera, e dado concertos depois do Verão no OUT.FEST e Sónar Barcelona.
BLEID - https://soundcloud.com/bleiddd
Maria Reis - https://mariareis.bandcamp.com
Dj Nigga Fox - https://soundcloud.com/dj-nigga-fox-lx-monke
SMUP - https://www.smup.pt
Bilhetes à venda em Seetickets.pt, na secretaria da SMUP (2ª a 6ª das 15:00 às 19:00), e também no próprio dia à porta caso não esgotem até à data do evento.
Reservas (exclusivas para sócios) em reservas@smup.pt (disponível apenas de 2ª a 6ª feira), com indicação de nome completo e/ou nº associado. Cada sócio tem apenas direito a reservar um bilhete, os restantes deverão ser adquiridos nos canais alternativos.
As apresentações decorrem no salão da SMUP e de acordo com as normas de saúde e segurança da Direcção Geral de Saúde.
De acordo com as novas medidas em vigor desde o dia 1 de Dezembro, será obrigatório apresentar certificado de vacinação digital válido, ou apresentação de comprovativo de teste negativo (antigénio até 48 horas antes, PCR até 72 horas antes). O uso de máscara por parte do público é obrigatório.