Filho Único Apresenta na SMUP | Sexta-feira: Lula Pena + Lourenço Crespo & Sallim + Violeta Azevedo | Sábado: Tó Trips + nëss + Carincur
Arte gráfica por Sara Graça
Le Weekend de música independente da AML, no capítulo inaugural de 2022 da mensalidade Filho Único Apresenta na SMUP.
Lourenço Crespo, um dos construtores da Cafetra Records, é um compositor e intérprete com uma obra fecunda em virtudes. Um homem novo a quem “custa tanto existir com alma de cota” que tem oferecido perspectivas e espírito fresco ao panorama da canção na nossa terra. Irá apresentar-se em duo com Sallim, numa actuação em que partilharão repertório original de ambos.
Violeta Azevedo vem para nos inspirar com um recital dos mais recentes desenvolvimentos na sua enlevada expressão musical em flauta transversal e processamento electrónico. Após colaborações com Jasmim, Filipe Sambado ou Savage Ohms, foi galvanizando passos públicos na apresentação da sua pesquisa e prática entre a composição e a improvisação, no campo da música ambient.
Lula Pena é uma mestra de intelecto ávido, intuição e percepção espiritual magnânimas, que acreditamos está na música ao serviço da Humanidade, e não se reconhecerá tribunal de apelação inferior a esse.
Lourenço Crespo & Sallim
Violeta Azevedo
Lula Pena
Sexta 28 de Janeiro 21h30
6€ e 4€ para sócios SMUP, bilheteira online e no local no dia
De acordo com as medidas em vigor, é necessário apresentar o certificado digital de vacinação válido, certificado de recuperação, ou documento comprovativo de teste negativo (antigénio até 48 horas antes, PCR até 72 horas antes), para a entrada nos eventos, com lugares sentados. O uso de máscara é obrigatório em todo os espaços da SMUP.
nëss tem vindo a emergir como folk rawker incendiárie, crescide na Linha de Sintra e com afiliação inquebrantável à Troublemaker Records. Transparece uma coragem nas suas canções alicerçada no essencial: a honestidade da sua procura, identitária, estética, por uma realidade menos merdosa que nos entorna, desfigurando o xóriço normativo do costume.
Carincur artista transdisciplinar, empenha-se em trabalho de carácter exploratório, configurando-se em formatos híbridos entre performance, música electrónica e experimental, instalações audiovisuais, esculturas sonoras e instrumentos eletroacústicos, entre outros. Nos últimos anos, tem investigado e desenvolvido a sua prática e pesquisa no campo do pós-humanismo. Faz parte de colectivos como ZABRA records, YUUTS RUOY, e Spectrum Awareness.
Tó Trips é um insuperável homem de rock, sem virar a cara à luta, na sua geração e pelas gerações futuras, continuando a continuar sendo um desassombrado guitarrista da Viagem, lírico e pragmático, como o melhor sonho deve ser.
nëss
Carincur
Tó Trips
Sábado 29 de Janeiro 21h30
6€ e 4€ para sócios SMUP, bilheteira online e no local no dia
De acordo com as medidas em vigor, é necessário apresentar o certificado digital de vacinação válido, certificado de recuperação, ou documento comprovativo de teste negativo (antigénio até 48 horas antes, PCR até 72 horas antes), para a entrada nos eventos, com lugares sentados. O uso de máscara é obrigatório em todo os espaços da SMUP.
Filho Único Apresenta na SMUP Osso Exótico + Raw Forest + oseias.
Arte gráfica por Sara Graça
Osso Exótico de Patrícia Machás, André Maranha e David Maranha, contam nesta apresentação com a participação dos regulares colaboradores Manuel Mota, guitarrista, e Francisco Tropa, artista visual. Proponentes de ambientes ao vivo sempre memoráveis, destacam-se como metamorfoseiam som e instrumentos em dissipação vanitas no espaço, na acústica, no público.
Raw Forest (Margarida Magalhães) investiu(-se) na pesquisa pelo universo da “early electronic music”, as correlações com a música concreta, a dimensão kitsch do easy listening, a liturgia do drone, a new age, e por diante, e chegou a “Post Scriptum”, editado em 2019 no selo Labareda. Continua a ser uma obra nacional marcante no jogo de transferências conceptuais entre possíveis meios de produção independente contemporânea e os grandes latifúndios online.
oseias. é o alter ego de inspiração bíblica de um prolífico jovem produtor de hip-hop instrumental a trilhar o seu caminho, que usa, nas suas palavras, a “linguagem do jazz” para trabalhar na tradição de ritmos partidos e narcóticos inventada por J. Dilla com predilecção pela sucessão de Knxwledge. Estreou-se em formato físico com o disco “[trinta&sete]” editado em 2017 na Think Music Records, de ProfJam e associados, e o seu mais recente lançamento “loops[2].” data de Novembro do ano passado numa edição no seu Bandcamp.
Osso Exótico
Raw Forest
oseias.
Sexta 25 de Fevereiro 21h30
6€ e 4€ para sócios SMUP, bilheteira online e no local no dia
De acordo com as medidas em vigor, é necessário apresentar o certificado digital de vacinação válido, certificado de recuperação, ou documento comprovativo de teste negativo (antigénio até 48 horas antes, PCR até 72 horas antes), para a entrada nos eventos, com lugares sentados. O uso de máscara é obrigatório em todo os espaços da SMUP.
Filho Único Apresenta na SMUP Vum Vum + Gala Drop + Dibuk
Arte gráfica por Sara Graça
Mestre Vum Vum actua em primeiro lugar, num recital solo, voz e guitarra. Mestre pela sua arte e ofício, pelo código de honra que conduz a sua vida, jamais compreendendo porque se gastam forças a pôr o(s) outro(s) fora do sol. O seu mais recente álbum “Gienda” data de 2018 e no ano passado foi um acontecimento a reedição pela Groovie Records do seu mítico EP de estreia “Muzangola" de 1969.
Seguir-se-á Dibuk - Lea Taragona, de São Paulo, a viver no Porto - que nos diz ouvir “na voz o eco do mundo, e no mundo o eco do corpo, essa tecnologia avançada. Em canções e improvisações livres articula espaços sonoros, salas de estar num redemoinho, até que cá encontre lá num relâmpago, em uma colaboração entre voz, guitarra, gravações de campo e computador.” Lançou "Casa Zero", o primeiro álbum solo, em 2020 pela Editora Urutau, e tem recentemente desenvolvido trabalhos de banda sonora para vídeo, performance e instalação. Actuará acompanhada pelo compatriota Victor Negri, compositor, músico e artista multimedia.
Os Gala Drop encerram a noite com a sua música mediadora, relatora, xamânica. Mesmo quando aparentemente cartesianos na sua “performance” - a mestria do código narrativo - só a música actua, e não os seus autores. A banda iniciada há mais de uma década em Lisboa é hoje composta por Afonso Simões (bateria), Nelson Gomes (sintetizadores) e Rui Dâmaso (baixo) e afiançam que a música nova que têm vindo a apresentar ao vivo em breve conhecerá edição comercial.
"Muzangola" (1969, Valentim de Carvalho; re-edição 2021, Groovie Records) - https://groovierecords.bandcamp.com/album/vum-vum-muzangola-ep-ltd
Dibuk - https://dibukdibuk.bandcamp.com
Gala Drop - https://galadrop.bandcamp.com
Vum Vum
Dibuk
Gala Drop
Sexta 25 de Março 21h30
6€ e 4€ para sócios SMUP, bilheteira online e no local no dia
Filho Único Apresenta na SMUP Vaiapraia + Sei Miguel Unit Core + Phoebe
Arte gráfica por Sara Graça
Grande arte permanece um dedo em riste, um objecto material, rastreando o delineamento de uma constelação, uma ilusão, no céu nocturno. Muitas vezes, como os animais, olhamos apenas para o dedo. O axioma de Duke Ellington “It Don’t Mean a Thing If It Ain’t Got That Swing” continua a transportar tanta força como antigamente, mas tal como Cecil Taylor ou Anthony Braxton, Sei Miguel provou que swing não é um mero sinónimo de síncope, ou outro elemento isolado do jazz. Sei Miguel tem estudado a chuva, bandas-sonoras, espirituais, comerciais, canções de crianças, pintura e articulado com genuína inovação como as correntes gémeas da forma e da expressão estão unidas dentro e fundo. Vaiapraia é um dos autores, intérpretes e performers mais carismáticos da sua geração; pela vibrância directa e imediata, pela dinâmica arguta de luz e sombra na sua obra, com que vai dobrando padrões, expandindo proporções, e rejeitando conclusões. Phoebe é produtor, deejay, fundador da Troublemaker Records, e da Sweet Love Making com BLEID. É residente na rádio Quântica e fundamental no Planeta Manas, saudando-se “if i was simple in the mind, everything would be fine” (2021, Rotten Fresh) como um desabafo irónico à sua capacidade de exploração e descoberta que são sempre cruciais para os tempos que vivemos.
Sei Miguel Unit Core
Vaiapraia
Phoebe
Sexta 29 de Abril 21h30
6€ e 4€ para sócios SMUP, bilheteira online e no local no dia
Filho Único Apresenta na SMUP Sonic Boom + Tropa Macaca + 7777 の天使 + King Kami
Arte gráfica por Sara Graça
Os blues eram sobre estar deslocado, não se sentir em casa, e o medo latente de que a música ajudava a apaziguar, mas não a resistir. Sonic Boom no seu celebrado regresso “All Things Being Equal” de há 2 anos propõe-nos uma maravilhosa música de regeneração, ecoando nos vagões do tempo, em todas as direcções.
Tropa Macaca têm afinando a sua capacidade interpretativa da transiência, como dizendo que algumas emoções são só realmente autênticas quando contidas - tal como algumas emoções são autênticas apenas quando são despudoramente livres.
7777 の天使 é o blindado furtivo de Swan Palace e DRVGジラ. Como unhas cravadas em ardósia de lítio, a sua música narcísica abraça a velocidade erótica da vida e o descrédito juvenil na morte, e os estados de sonho e dor entre ambos os trens.
Para esta derradeira noite do programa que a Filho Único desenvolveu na SMUP, convidamos a inigualável King Kami para um dj set de celebração de tudo o que convivemos e nos iluminou ao longo destes 9 meses.
Sonic Boom "All Things Bein Equal" (2020, Carpark) - https://sonicboomspacemen3.bandcamp.com/album/all-things-being-equal-3
Tropa Macaca "Colónia / Vai e Vem" (2022, Ed. Autor) - https://tropamacaca.bandcamp.com/album/col-nia-vai-e-vem
7777 の天使 "Thousand Blades Our Wishes" (2022, Soul Feeder) - https://soulfeeder.bandcamp.com/album/thousand-blades-our-wishes
Sonic Boom
Tropa Macaca
7777 の天使
King Kami
Sexta 27 de Maio 21h30
6€ e 4€ para sócios SMUP, bilheteira online e no local no dia